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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Visitados por Deus (Mt 11,20-24) (15/07/08)

VISITADOS POR DEUS

 

Houve um dia em que Deus nos visitou. Houve um dia, houve uma hora, houve um momento em que Deus passou pela nossa vida. A partir daquele dia não fomos mais os mesmos. Algo diferente aconteceu em nós; nos transformou e nos deu novos olhos para olhar o mundo e tudo aquilo que acontece ao nosso redor.

A partir daquele dia passamos a perceber que o sol que nasce em todo o amanhecer é dom. Que o grande milagre da vida é misericórdia, é dom. Que a possibilidade que toda manhã me é dada de levantar, de ir trabalhar, estudar ou fazer qualquer outra coisa que eu goste e também que não goste é dom. Que a capacidade de enfrentar a vida com  coragem, entusiasmo, esperança, é tudo dom.

Assim é a vida de quem um dia fez o seu encontro com Deus. A vida de quem percebeu que o nosso Deus não é aquele Deus ocioso, sentado no seu trono, que pouco se importa com os homens. O nosso Deus se chama Emanuel = Deus conosco. É aquele que caminha ao nosso lado, que faz suas as nossas tristezas e alegrias. Aquele que nos fortalece e nos enche de esperanças quando nos sentimos sós e sem horizontes. O nosso Deus é aquele que realiza maravilhas, prodígios para nós; que preenche nossas mãos mendicantes e vazias de abundantes dons. Ele é nosso Pai.

Irmãos e queridos amigos, desejei começar essa minha reflexão com esses pontos, que considero importantes, porque no seu Evangelho de hoje, Jesus vai censurar severamente aqueles que, pela dureza dos seus corações, não eram capazes de reconhecer no seu meio a presença de Deus e as maravilhas que Ele fez em nosso favor.

No Evangelho, é até possível captar uma certa tristeza e raiva de Jesus, porque Israel, o grande privilegiado, aquele que mais do que todos foi beneficiado com grandes dons, apegado às suas próprias preocupações, confiante nas suas próprias forças, não soube reconhecer o momento em que seu Deus o visitou.

Assim, também, Deus passa pela nossa vida; e passa nos momentos e nas ocasiões em que menos esperamos. Ele nos visita nas pessoas, na natureza, no trabalho, nos acontecimentos do nosso dia a dia. Aqui, Ele espera ser reconhecido e acolhido e por isso, constantemente realiza com repetitividade maravilhas na nossa vida.

Quando não o acolhemos em nós, decretamos para nós mesmos um juízo severo. Não é Deus que nos julga e nos pune por não aceitá-lo, mas nós mesmos; pois longe de Deus só nos espera sofrimento e angústia. Podemos experimentar já aqui a morte e o inferno; assim também, como o céu e a vida.

Não sejamos outras Corazim, nem Betsaida, e muito menos Carfanum, duras de coração, ingratas diante de tanta generosidade do nosso Deus. Reconheçamos todos os momentos em que Deus nos visita e nos preenche com seus dons para reder-lhe o devido agradecimento e viver plenos na sua maravilhosa presença.

 

"Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelastes aos pequeninos."

 


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Diácono Antônio Oliveira

antoniooly@yahoo.com.br

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com



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Um comentário:

  1. Antonio, parabéns pela reflexão: linda e profunda! Que bela maneira de encarar o Evangelho de hoje. Pra mim foi uma novidade providencial. Sim, O Senhor é Deus conosco, Emanuel, faz suas as nossas dores e preocupações!!!Maravilhoso! Obrigado Senhor, por palavras tão inspiradas. Era tudo que eu precisava ouvir no dia de Hoje! Humberto.

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