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sábado, 13 de setembro de 2008

A Cruz de Cristo: Nova Árvore da Vida! (Jo 3,13-17) (14/09/08)


 

A CRUZ DE CRISTO:

NOVA ÁRVORE DA VIDA!

 


 

Caríssimos,

 

vocês presenteariam a alguém com uma peça de roupa no valor de R$ 500.000,00?

Em junho de 1997 aconteceu um leilão de roupas da princesa Diana. Foram leiloados 79 vestidos e arrecadada a bagatela de R$ 6 milhões. O mais valioso foi um que ela usou na Casa Branca vendido por US$ 255.000,00. Outro dado igualmente interessante: um boné de Airton Sena, autografado por ele 3 dias antes do acidente fatal de ceifoi-lhe a vida, foi arrematado por R$ 20 mil.

 

O valor tão elevado que atingem certos objetos está relacionado diretamente com a importância da pessoa que o usou. Em si mesmos, seu valor é infimamente menor. Assim, a festa de hoje não teria nenhum valor para nós, se o Cristo não tivesse se doado por amor e por nosso resgate, derramando sua vida em nosso favor. Com certeza, haverão aqueles que, sem entender o verdadeiro sentido, acusar-nos-ão de estarmos adorando um objeto no lugar de Jesus. A estes irmãos advirto que o lenho da cruz, assim como os santos e até Maria, não teriam para nós nenhum sentido, se não fosse pelo Cristo que experimentaram e pelo qual se doaram, deixando-nos o exemplo de que sim, é possível, que criaturas imperfeitas e pecadoras - pela sua graça - alcancem méritos diante de seu Criador. A festa da Exaltação da Santa Cruz é, portanto, como muito bem colocou frei Caetano Ferrari, a festa da Exaltação do Cristo vencedor da morte e do pecado por seu corpo dado e sangue derramado no alto da cruz. Para o cristianismo a cruz é o símbolo maior de fé, com cujos traços todos nós nos persignamos desde o momento do levantar até o deitar a cada dia. Na cerimônia batismal o primeiro sinal de acolhida à criança recém-nascida é o sinal-da-cruz traçado em sua fronte pelo Padre, Pais e Padrinhos, sinalando-a para sempre com a marca de Cristo. [...] Desde os tempos antiqüíssimos, a Igreja passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive, como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, e símbolo mais perfeito da serpente de bronze que Moisés levantou no deserto para curar os israelitas picados pelas cobras porque O Filho do Homem nela levantado cura o homem todo e todos os homens, o corpo e a alma dos que nEle crêem e lhes dá a vida eterna. [...] No Evangelho de hoje Jesus retoma esses símbolos do passado bem conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte) para dizer que no lugar da serpente de bronze pendurada no alto de um poste de madeira Ele mesmo é quem seria levantado no lenho da cruz. Se o pecado e a morte advieram da insídia e veneno do demônio, nos símbolos da árvore proibida e da serpente do paraíso e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna advêm do Cristo levantado no alto da cruz de onde Ele atrai a si os olhares de toda a humanidade. Eis porque a Igreja canta na Liturgia Eucarística da festa: "Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por ti redimidos, te cantamos louvor!" e na Liturgia das Horas: "Mais altaneira do que os cedros, ergue-se a Cruz triunfal: não traz um fruto de morte, traz a vida a todo mortal".

 

Deixo a todos um dos mais belos hinos da Harpa Cristã, adaptado pelo cantor e pastor André Valadão, no qual canta com propriedade e com todo o real sentido católico, o que significa a cruz de Cristo na vida de seus fiéis seguidores. Vale lembrar que esse hino foi gravado por muitos cantores evangélicos, prova de que em muitos aspectos eles também entendem as verdades que algumas pessoas mais fanáticas e ignorantes desprezam com desdém.

 

SENHOR JESUS, NESTA FESTA EM QUE EXALTAMOS O MADEIRO NO QUAL RESTAURASTES NOSSO CONVÍVIO HARMONIOSO COM O PAI, TE PEÇO QUE, ENQUANTO CAMINHO NESTE MUNDO, CERCADO POR PROBLEMAS, DORES E DISTRAÇÕES, NUNCA ME ESQUEÇA DO TEU SACRIFÍCIO POR MIM E, DA MESMA FORMA, APRENDA A ME DOAR AOS MEUS IRMÃOS NAQUILO QUE ESTIVER AO MEU ANCANCE. AMÉM!!!

 

Humberto Selau Inácio
humberto@ciser.com.br

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com

 

CURIOSIDADE 1: A festa da Exaltação da Santa Cruz é muito antiga e remonta ao ano 335, quando foi inaugurada a igreja construída pelo Imperador Constantino, no alto do Calvário, em Jerusalém, lembrando a morte e a ressurreição do Senhor. Na mesma época foi construída a igreja da Santa Cruz, em Roma, para abrigar as madeiras trazidas pela mãe de Constantino, Santa Helena. Supostamente seriam relíquias autênticas da cruz de Jesus. Estas madeiras estão lá até hoje, (Basílica da Santa Cruz), para a veneração do povo.

 

CURIOSIDADE 2: Para melhor compreender a foto:  Fiel se aproxima das relíquias da Santa Cruz. Acima à esquerda pode ser ver o dedo intacto de São Tomé, a direita alguns espinhos da coroa de espinhos, no centro, pedaços da cruz e à sua esquerda o braço horizontal da cruz, abaixo à esquerda alguns pregos da crucifixão e finalmente à direita abaixo, um pedaço preservado da placa esculpida a pedido de Pilatos com as inscrição "Jesus Cristo, Nazareno, Rei dos Judeus" em três línguas. Um belo detalhe dessa inscrição é o recente encontro por cientistas, de características de linguagem presentes neste madeiro usadas unicamente no período do primeiro século da era cristã.

 

 


Rude Cruz

André Valadão


 

Rude cruz se erigiu
Dela o dia fugiu
Como emblema de vergonha e dor
Mas contemplo essa cruz
Porque nela Jesus
Deu a vida por mim pecador

Sim, eu amo a mensagem da cruz
'Té morrer eu a vou proclamar
Levarei eu também minha cruz
'Té por uma coroa trocar

Desde a glória dos céus
O cordeiro de Deus
Ao calvário humilhante baixou
Essa cruz tem pra mim atrativos sem fim
Porque nela Jesus me salvou

Nesta cruz padeceu e por mim já morreu
Meu Jesus para dar-me o perdão
Mas me alegro na cruz dela vem graça e luz
Para minha santificação

Eu aqui com Jesus, a vergonha e a dor
Quero sempre levar e sofrer
Cristo vem me buscar
E com Ele no lar
Uma parte da glória hei de ter!



Humberto Selau Inácio
humberto@ciser.com.br

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com

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