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domingo, 5 de julho de 2009

Santo de casa não faz milagres (Mc 6,1-6) (05/07/09)

Então o filho daquele rico fazendeiro partiu em direção à capital, a fim de estudar medicina e um dia ser um bom médico. Os anos se passaram, e depois de formado, o jovem médico depois de estagiar na capital, vem passar as suas férias na fazenda do seu velho e poderoso pai. Naquela região havia muitos doentes, e alguns recorreram a ele pedindo que os examinassem, e prescrevesse os devidos remédios. Porém, muitos olhavam para ele e pensavam.  Ah! Esse aí não é nada mais que o filho do fazendeiro fulano!  E continuavam tomando os seus remédios caseiros, mesmo porque não entendiam nem apreciavam muito aquele palavreado estranho que o filho do fazendeiro pronunciava com muita arrogância. É aquela velha história. Santo de Casa não faz milagres.  Jesus enfrentou o mesmo problema:

"Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa."
 "Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos."

Em sua própria terra, a cidade de sua família, Nazaré, Ele não passou do filho do carpinteiro. Era rejeitado  pelos próprios familiares.  Não é ele o carpinteiro? diziam, com desprezo. Isto porque  um profeta só não é valorizado na sua própria terra.

No evangelho de hoje percebemos a dificuldade que aqueles que conviveram com Jesus tiveram em compreender sua identidade. Quem é Jesus? Durante cerca de trinta anos ele viveu com a família, na Galiléia, sem nada excepcional que chamasse a atenção sobre sua pessoa.

Nós também enfrentamos o mesmo problema. Fiquei sabendo que muitos pais de sacerdotes não se confessam com os filhos padres. Meu amigo foi ordenado diácono, e na sua casa continuou sendo o marido, o pai, o tio, sem mais nenhuma novidade a se considerar. O catequista em sua casa pode até ser interpretado como aquele que pretende ser o dono da verdade, quando faz alguma correção, principalmente pela geração jovem. Mas nada disso pode nem deve diminuir sequer o ritmo da nossa empreitada de levar o evangelho aos que o querem ouvir. Se naquela festa da família alguém fez um sutil gracejo sobre o nosso trabalho missionário, com gracejo também devemos responder, de cabeça erguida, confiante  e com orgulho de ser um evangelizador(a).

 

Sal

http://catequeseatual.blogspot.com/

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com



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