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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Jesus apareceu no meio deles apesar das portas trancadas (Jo 20,19-31) (01/05/11)

        Seu corpo glorioso atravessava paredes e portas. Então, sem menos esperar, O ressuscitado estava  diante dos discípulos, que fecharam tudo por medo dos judeus, assim eles levam um belo susto! É um fantasma, é um espírito!  E Tomé não estava lá.

        Tomé representa todos os descrentes dos nossos dias, os quais precisam de provas para crer. São Tomés todos aqueles que dispensam o poder de Deus, e recorrem ao poder do dinheiro. Ou que se apóiam no poder das armas.  Assim como nenhum desses poderes são devidamente eficazes, os Tomés de hoje vivem na incerteza, na dúvida, na insegurança, e por tanto, na infelicidade, apesar de toda riqueza acumulada. Pois eles estão depositando toda sua confiança em deuses materiais, perecíveis, sujeitos aos ataques dos predadores sociais, de forma que quanto mais se tem, mais se quer, quanto mais acumula riqueza, mais se acumulam os problemas, principalmente aqueles decorrentes dos riscos  formados, gerados e inerentes na própria riqueza. Pois o maior medo do rico, é o medo de ficar pobre, e o segundo é o medo de ser seqüestrado.   

        "No primeiro dia da semana" significa que começou um tempo novo, o tempo da Páscoa definitiva. Aqui começa um novo tempo, o tempo do homem novo, que nasce junto com o renascimento de Cristo.

        Caríssimos :Vamos despertar do sono da indiferença e partir para a ressurreição pessoal a serviço do amor de Cristo, a serviço do Reino de Deus. Despertar da indiferença  ou ressuscitar com Jesus, é se esforçar por vencer o egoísmo, a mentira, a injustiça e  fazer triunfar o amor, a fraternidade, se entregando  ou entregando sua vida a Deus, e amando o irmão com gestos concretos em vez de teóricos ou simplesmente por palavras. Ressuscitar é  construir uma vida nova e plena, é caminhar pelo mundo fazendo o bem e libertando os oprimidos, deixando de lado os velhos esquemas do egoísmo, do orgulho, do comodismo.

        Jesus não teve medo da morte. Ele a enfrentou com bravura total de quem sabe que no terceiro dia a venceria, e foi isto que aconteceu. Assim, a ressurreição de Jesus significa, também, que o medo, a morte, o sofrimento, a injustiça, deixam de ser fantasmas em nossas vidas, pois acreditamos no poder do ressuscitado. Quem acredita plenamente, não precisa de Planos de saúde nem seguros de vida. Pois sabemos que Deus tem o poder de assegurar a vida plena  para nós. Essa segurança oferecida pelos poderes do mundo não podem nos proteger plenamente. Uma prova disto são os assaltos às residências repletas de todos os dispositivos eletrônicos modernos de proteção.  Só aquele que realmente tem fé  pode enfrentar o mundo atual com  serenidade. Eu digo que sou cristão, rezo e bato no peito afirmando que tenho fé, mas lá no fundo não passo de um "Tomé". Porque muito embora eu me apresento à sociedade como uma pessoa de fé, na hora do perigo eu deixo-me dominar pelo medo.

        Prezados irmãos: Nós não somos como Tomé. Nós acreditamos na ressurreição sem ter visto as marcas dos pregos nas mãos de Jesus. Nós, catequistas que devemos dar o exemplo de uma grande fé, não vimos o sepulcro vazio; mas fazemos, todos os dias, a experiência do Senhor ressuscitado, que está vivo e que caminha ao nosso lado na hora do perigo, na hora do sucesso, das nossas conquistas, até o nosso último suspiro, encaminhado a nossa alma para junto Dele, e assim esperamos  merecer. E como evangelizadores que somos,  a nossa missão é testemunhar e anunciar essa realidade. No entanto, o nosso testemunho será sem efeito, se ele não for comprovado pelo amor e pela doação,  pelas marcas de uma vida nova na presença de Jesus.

        Portanto, ressuscitar para nós significa mudar a nossa caminhada, a nossa vida, as nossas preferências, o nosso modo de valorizar, e de acolher o nosso irmão. Significa despojarmos do homem velho, da Mulher velha, e optar  por um processo de conversão que nunca se acaba. Que deve ser diário,  revestindo-nos  mais profundamente  da imagem de Cristo, de forma a que nos identifiquemos com Ele pelo amor e pela entrega da vida.

        E pensar que todos ou quase  todos aqueles que no dia de hoje praticaram o mal foram batizados, e a maioria até fizeram a primeira comunhão, nós ficamos muito tristes, por saber que para eles a morte não foi vencida pela vida como em Cristo, mas pelo contrário, suas vidas e as de outras pessoas atingidas pelo seu egoísmo, foram derrotadas pela morte. Pelo pecado, pela ação de satanás.

         Seria importante se nos perguntássemos neste instante: A minha vida tem sido uma caminhada coerente com esta dinâmica de vida nova que começou no dia em que fui batizado?  Será que estou me esforçando  por me despojar do  homem velho, egoísta e escravo do pecado, e por tentar ser a cada dia um  homem novo, que se identifica com Cristo e que viveu e vive no amor, no serviço, na doação aos irmãos?

        Jesus aparece bruscamente no lugar onde os discípulos estavam e os cumprimenta  dizendo : 'A paz esteja convosco'.  Era o cumprimento da hora. Hoje Jesus teria dito: Olá, E aí? Boa noite, como vão? Beleza?  Eu diria: Lembram de mim?
Notando que os seus amigos estavam assustados, Jesus depois destas palavras,
mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco", e se apressou em fazer logo aquilo  que Ele havia planejado,fazer. A primeira ordenação Sacerdotal. Aliás, a ordenação dos primeiros padres, os discípulos, foi feita em três seções.

        A primeira  foi quando Jesus disse: Ide pelo mundo, anunciai o que eu vos ensinei, e batizem em nome do Pai, do Filho e do  Espírito Santo...

        A segunda vez foi na última ceia após transformar o pão em seu corpo e o vinho em seu sangue, Jesus disse aos apóstolos: Fazei isso em memória de mim...

        A terceira seção foi naquele dia em que Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos naquele lugar que estava todo fechado, e disse: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio' E para respeitar a tradição cultural daquele povo na qual acreditava que o vento era a ação do espírito de Deus, ele acrescentou, soprando  sobre eles, como no Gênesis, o sopro no barro é a linguagem simbólica que significa sopro de vida. E Jesus ressuscitado  disse: 'Recebei o Espírito Santo.A quem perdoardes os pecados  eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes,eles lhes serão retidos'.

         Caro leitor, prezada leitora. Já ouvi da boca de pessoas das quais nunca esperava ouvir dizer, que Jesus não fez nenhuma ordenação sacerdotal, assim como também já ouvi dizer que o padre é um homem qualquer, isso para negar o seu poder de perdoar os pecados, poder este que lhe foi dado pelo próprio Filho de Deus, como vimos no Evangelho de hoje.

        Talvez tais pessoas queiram dizer  que quem recebeu este poder foram aqueles discípulos, e não o padre da sua paróquia ou os padres de hoje. É importante ler de novo as palavras de Jesus que disse após consagrar as primeiras hóstias na Última Ceia. "Fazei isso em memória de mim" e, em outra vez, Ele disse: "Eis que estarei convosco até o fim dos tempos."  Evidentemente, aqueles discípulos por mais santos que fossem não iram viver até o fim dos tempos. Portanto, ao pronunciar aquelas palavras, Jesus estava instituindo outra coisa: a continuidade dos poderes dos primeiros padres, em forma de herança continuada, desde que houvesse  a bênção de ordenação pelo bispo, que também é sucessor de Pedro. 

        Jesus veio do Pai e após cumprir a sua missão, estava pronto para voltar ao Pai. Mais o seu trabalho não poderia ser interrompido de forma alguma. Então, o que Ele fez naquela noite, foi entregar nas mãos dos primeiros padres, a missão de continuarem a sua obra, o seu projeto planejado pelo Pai.

        Desta forma, os padres de hoje receberam também no momento da ordenação, o poder de perdoar, igual ao poder delegado aos discípulos. Tudo é uma questão de lógica uma  questão de fé.

        O poder de perdoar continuará com o sacerdote por toda a sua vida. Mesmo que ele tenha largado a batina, ou  que tenha sofrido uma crise de fé, ou cometido algum pecado. Porque, na verdade, é Cristo quem perdoa na pessoa do padre. Ele é apenas instrumento de Jesus Cristo. O poder de perdoar, assim como o poder de consagrar, são marcas indeléveis, ou seja, que nunca se apagam.

        Já conheci padres que deixaram de ser padres, padre que se casou, padre que largou a vida religiosa e entrou na política, padre que foi arrastado pelo demônio vestido de mulher, assim como também conheci padres que eram verdadeiros santos, mas infelizmente conheci um padre que teve uma crise de fé, e parecia um Tomé.  

        Prezados irmãos. Não sejamos incrédulos como Tomé, mas acreditemos. Não sejamos  indiferentes diante da ressurreição de Cristo. Não sejamos aquele cristão pessimista  para quem a morte significa fracasso e que se recusa a aceitar que a vida nova passe pela humilhação da cruz!

         Pelo contrário, seremos atentos, seremos como  o cristão  ideal  que está em sintonia total com Jesus, que segue os seus ensinamentos, que procura imitá-lo, que  acredita  que o Cristo vive no meio de nós. Assim seremos o Homem Novo, o homem recriado por Jesus.

        Transformemos a nossa mentalidade de forma que estejamos convencidos que a Ressurreição de Jesus nos prova, que a vida plena, a vida integral, a transfiguração total da nossa realidade finita e das nossas capacidades limitadas passa pelo amor sem reserva que nos faz vencer o nosso egoísmo nos entregando a Jesus sem reservas, e fazendo o bem ao nosso irmão. Será que eu tenho consciência disso? É nessa direção que estou conduzindo a caminhada da minha vida? É uma boa pergunta. Não é mesmo?

        Embebidos de Cristo como uma esponja se embebe de água, seremos uma nova criatura: e assim, estamos, portanto, a ressuscitar, até atingirmos a plenitude, a maturação plena, a vida total, e quando ultrapassarmos a barreira da morte física, começaremos, pois, a nova fase eterna na infinita morada.

 

Sal.

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sejamos ramos verdes por estar ligados a Jesus (Jo 15,1-8) (17/04/2011)

        No Domingo de Ramos, vamos refletir sobre as palavras proferidas por Jesus e escritas por João 15,1-8, nas quais Jesus se compara a uma árvore, e a nós Ele compara com os ramos.

        Ele sendo a árvore verde alimentada pela água viva que é o Pai, fará com que permaneçamos sempre verdes, desde que fiquemos sempre ligados a Ele ouvindo e praticando os seus ensinamentos, e produzindo frutos através da conquista de mais adeptos para o Reino de Deus.

        Assim disse Jesus naquele dia: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta"...  Jesus é presença de Deus no meio de nós. Presença essa que um dia foi visível, porém agora ela permanece invisível, mas a percebemos, desde que estejamos sintonizados com Jesus, seguindo suas palavras. Que não sejamos ramos infrutíferos! Para que não sejamos cortados.  

        "...e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. "  Limpar é podar. A árvore que é podada (cortar as pontas dos galhos) no tempo certo, crescerá mais rápido com folhas, brotos e galhos viçosos e  produzirá muito mais frutos.  Deus efetua a nossa poda, cortando os nossos galhos (vícios) que cresceram desordenadamente, e se tornaram empecilhos para a nossa espiritualidade ou santificação e para a produção de frutos para o Reino.  Um exemplo disso é o nosso olhar. Precisamos cortar a nossa mania de olharmos para  tudo aquilo que nos arrasta para o pecado, como a sensualidade que geralmente começa pelos olhos.

        E Jesus nos limpa através de sua palavra, através de seus ensinamentos.  Assim como o ramo que permanece ligado à árvore continua verde, se permanecermos ligados em Cristo, produziremos  muito mais frutos.  Ao contrário, o ramo que é cortado da árvore, murcha e morre e não produzirá mais frutos. Pois  como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.   "Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permaneceu em mim, e eu nele, esse produz muito fruto."

        Prezada leitora, prezado leitor. Como você está neste exato momento?  Permanece ligada (o) em Cristo, ou você foi cortado, desligado da videira pelo pecado?  Se isso aconteceu, meu irmão, minha irmã. É fácil. É só religar-se a Jesus pelo sacramento da confissão. Caso contrário, você não conseguirá fazer direito o seu trabalho missionário. Fica difícil mostrar Jesus aos irmãos. É impossível dar o que não temos. "... porque sem mim nada podeis fazer."

        "Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará."   Na verdade, Jesus não nos joga fora, mas sim, nós é que nos lançamos fora, que ficamos por fora do seu Plano salvífico, nós é que nos desligamos de Deus, virando as costas para Jesus e seus ensinamentos, e muitas vezes tudo começou com um simples olhar demorado para uma fonte de pecado. Você está me entendendo?

        "Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados."  Queimados no fogo ardente do inferno!  Que isso não seja o nosso destino fatal um dia!

        Porém, "Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, peçam o que quiserdes e vós será dado."   Caríssimos! Vamos pedir a Jesus, não só o sustento, a roupa, o emprego, o abrigo, mas sim, vamos pedir pelos nossos filhos que estão a mercê de outras influências que mesmo sendo religiosas, são  contrárias aos ensinamentos de Cristo os quais são ministrados ou veiculados pela Igreja Católica,   muitos jovens mudam de direção, muitos jovens são como ramos cortados da árvore principal, da videira que é Jesus, e isso tem ocorrido pelos amigos, pelos namorados, pelas namoradas os quais sendo de outras religiões, arrastam nossos filhos para longe dos caminhos de Deus, caminho que nos foi mostrados por seu Filho.

        Irmãos. Seremos ramos que produzem muitos frutos para que o Pai seja glorificado. Da mesma forma que também garantimos o nosso lugar na vida eterna.

        Produzir frutos é conquistar cada dia mais  discípulos para o Reino. E só conseguimos fazer isso se permanecermos ligados a Deus por Jesus.

        O nosso trabalho missionário é a obra de Deus realizada através de nossa pessoa.  E esta presença de Jesus do nosso lado nos conduzindo, protegendo iluminando e nos dando força,  é que nos faz imitadores de Paulo, o qual, com seus amigos, após atravessar a Fenícia e a Samaria, falava com alegria  sobre a conversão dos pagãos. E contava em Jerusalém, as maravilhas que Deus tinha realizado por meio deles.

         O verdadeiro catequista sabe que os frutos do seu trabalho é o resultado de sua permanente ligação com Deus através de Jesus. O catequista consciente  tem plena consciência de que ele não atua por suas próprias forças. Também sabe que a missão à qual participa não é uma missão sua ou mesmo humana. Por que Jesus é o grande missionário, que realiza sua obra usando nossas mãos, nossas pernas, nossos olhos, nossa boca, etc. isto é, Jesus quis contar com a nossa participação na construção do Reino, e assim realiza a sua obra através de nós. Portanto, permaneçamos sempre ligados à videira, para nunca murchar, nem mesmo secar. Senão seremos cortados e lançados sabe onde?

        Para que os ramos das plantas e árvores permaneçam verdes, floridos e com frutos, é necessário que se alimentem de água. É por isso que no deserto não há florestas.

        Sejamos aquele ramo verdinho e que produz muitos frutos, por estar ligado a verdadeira   fonte de água viva, que é Jesus.

        Desejo a você um santo domingo, grande abraço,  e...  Fique ligado!

 

Sal.

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Eu sou a ressurreição e a vida (Jo 11,1-45) (10/04/11)

        O Evangelho deste domingo mostra claramente as  duas pessoas de Jesus. Os seus dois lados o humano e o divino.  O Jesus-homem  ficou tão triste com a morte do amigo, que até chorou. O Jesus-Deus, apesar da demora, chegou na casa de Marta, mandou ver. Num grito forte, Ele devolveu a vida do seu amigo, para o espanto dos seus inimigos ali presentes. Lázaro. Vem para fora!  Reparem que Jesus antes de dizer esta frase, fez uma oração ao Pai, e pediu que aquela manifestação de seu poder divino fosse para que todos cressem que Ele era o enviado de Deus.   

        Como em todo velório, estavam presentes na casa de Lázaro pessoas que realmente eram amigas sinceras e, portanto pesarosas com a sua morte, por outro lado, também estavam ali, os falsos amigos, fingindo pesar pelo acontecido, porém cochichavam pelos cantos dizendo que se Jesus era mesmo poderoso e  tão amigo de Lázaro, porque não veio logo para o socorrer? Porque deixou o pior acontecer?

        Lázaro, que era de Betânia, apesar de ser um judeu, era um homem honrado que tinha herdado uma boa herança, incluindo vinhedos e um sepulcro na propriedade que era uma caverna natural em uma pequena elevação do terreno de cerca de dez metros, no qual os seus ancestrais haviam sido sepultados.

        Como naquele tempo não havia telefone, nem ônibus ou qualquer meio de comunicação, as irmãs de Lázaro,  Maria e  Marta, enviaram um mensageiro até Jesus para avisar-lhe da doença de seu amigo com relativa antecedência. Ao receber o recado, Jesus não esquentou a cabeça, e disse: 'Esta doença não leva à morte;
ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.'

          Ao contrário do que se esperavam, Jesus  não se apressou em ir à casa de seu amigo, pelo contrário, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava.

        E muitos estranharam a calma de Jesus, a sua demora em atender ao pedido de socorro urgente da irmã de seu amigo.

        Por que será que Jesus geralmente não atende os nossos pedidos de socorro prontamente? Na hora que lhe pedimos, do jeito que lhe pedimos?

        Outro dia uma senhora viúva estava se lastimando, dizendo que vieram morar ao lado de sua casa uns vizinhos injustos que lhe incomodavam  com muitos tipos de barulhos: festas e bebedeiras, gritos, aparelhos de sons ligados a todo volume até altas horas, cinco cachorros que não param de latir, entre outros abusos. Ela tentou dialogar no início, e eles a trataram mal e disseram para ela se mudar. Aquela pobre e desvalida senhora começou a rezar diariamente, mas nada mudou. Parece que Deus não me ouve! Disse ela com lágrimas nos olhos. Meu sofrimento  é muito grande! ...

        Iguais a esse caso temos milhares de outros acontecendo neste momento pelo mundo inteiro. As pessoas injustiçadas rezam, e o sofrimento continua. Por que? Será que Deus nos abandona às vezes?

        Caro leitor. O tempo de Deus é diferente do nosso tempo. Muitas vezes pedimos, mas pedimos mal. Muitas vezes só nos lembramos de Deus quando o circo pega fogo. Muitas vezes pedimos sem a devida fé, sem a devida caridade, ou seja, pedimos o mal para o nosso agressor, como por exemplo, a sua morte. Ou nos esquecemos dos nossos pecados, esquecemos que somos pecadores e que o sofrimento  nos é muito útil para a nossa purificação. Se você se encontra em uma situação semelhante a que mostramos, não se desespere. Não pare de rezar.  Não perca as esperanças, e jamais se revolte contra Deus! Pelo contrário, ofereça o seu sofrimento como penitência pelos seus pecados que, com certeza, não devem ser poucos, assim como os pecados de todos nós.

        E, assim como aconteceu a Marta, Jesus vai atender os seus clamores, embora pareça de início, que Ele  nos ignora. Deus não nos abandona. Nós é que nos afastamos de Deus. Poderíamos repetir a frase de Marta quando Jesus finalmente chegou, com outras palavras: Dizendo: Jesus. Se você estivesse aqui, nada disso estaria acontecendo. E Jesus poderia nos responder. Se Você estivesse  realmente comigo, isso não teria acontecido.       

        Ah! Aquela senhora hoje está fora de perigo. No terreno daquela casa maldita, está sendo construído um prédio. Espera-se que seus novos vizinhos não a incomodem também!

        Jesus demorou para atender o pedido de Marta, porque sabia exatamente o que iria fazer.  'O nosso amigo Lázaro dorme. Mas eu vou acordá-lo.'

        Mãe. Não se desespere se seu filho está preso,  baleado ou coisa parecida. Continue pedindo a Deus por ele! Pode demorar, mas o socorro de Deus não lhe faltará. Às vezes Deus permite o sofrimento para testar a nossa fé. Para ver até onde realmente somos fiéis. Para ver até onde somos realmente o que mostramos ser diante das pessoas. Apresentamo-nos confiantes, seguros, e diante do perigo molhamos as calças, amarelamos, porque na verdade, a nossa fé não é tão grande quanto parece. " ...por que temeis, homens de pouca fé?"  foi o que Jesus disse naquele dia em que os discípulos tremeram nas bases, acharam que iriam morrer afogados por causa daquela tempestade!

        Caríssimos. Vamos ter mais confiança em Deus! Naquele que disse: 'Teu irmão ressuscitará.' 'Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?' 
            Para merecermos  o pronto atendimento de Jesus, além de crermos, também precisamos evitar o pecado.

        Paulo em sua carta aos Romanos escreveu sob a inspiração do Espírito Santo que aqueles que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. E nos recomenda para que vivamos segundo o Espírito, para que este mesmo Espírito possa morar  em nós.

        Prezados irmãos: Para não viver preso aos prazeres da carne, primeiro precisamos fazer o jejum dos olhos. Evitar olhar a toda a imagem que nos incita ao pecado carnal. Então se dominarmos os pecados da carne, poderemos então ser morada do Espírito Santo e realmente pertencer a Cristo, conforme as palavras inspiradas de Paulo.

        Confiemos em Deus, porém faremos por onde merecer o que diariamente lhe pedimos.

 

Sal.

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domingo, 3 de abril de 2011

Jesus, santo e poderoso, é quem vai nos julgar (Jo 5,17-30) (06/04/11)

        Por mais que Jesus tenha feito demonstrações de poder, a maioria dos judeus não acreditava nele. Essa descrença acrescentada da inveja de Jesus por Ele ter desafiado os seus poderes terrenos ou políticos, por ter denunciado os seus privilégios, e tomado o seu lugar diante dos piedosos, gerava uma grande raiva por parte daqueles que estavam sempre "na sua cola" sempre vigiando para ver se Jesus infringia algum dos seiscentos e tantos mandamentos acrescentados por eles à Lei de Moisés.

        E Jesus na sua calma explica que  seu poder lhe vem do poder do Pai. "Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer."

        Mas o ensinamento mais importante do Evangelho de hoje, é o anúncio por parte de Jesus, que Deus não vai nos julgar, mas sim, Ele. Jesus que esteve aqui vivendo na nossa pele, isto é, o Jesus Deus e homem, que sentiu sede, sono, dores, é que vai nos julgar. Ele compreende a natureza humana como o Pai, acrescentado da sua experiência de ter vivido como um ser humano.  Assim, é muito bom saber que é Jesus quem vai nos julgar. "o Pai não julga ninguém, mas ele deu ao Filho o poder de julgar..."

        Esse  Jesus que sendo santo, nos deixou tudo o que necessitamos para também sermos santos. E a santidade não é algo impossível. Podemos alcançá-la mesmo vivendo neste mundo cuja maioria das pessoas só pensa no prazer sem limites, no lucro, no conforto. Sendo que tudo isso é desfrutado no mais completo egoísmo, longe da presença de Deus.

        Irmãos. Vamos nos aproximar mais de Deus. Vamos desejar a santidade. Ela é possível!

 

Sal

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