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sábado, 19 de setembro de 2009

A Parábola do semeador (Lc 8,4-15) (19/09/09)

 "A semente  que caiu entre os espinhos, estes são os que ouvem a palavra, mas prosseguindo o caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus frutos não amadurecem."

   Esta é a realidade do mundo de hoje: Riqueza, prazeres, diversões, descontração, indiferença, etc. São muitas as coisas que nos afastam de Deus. Amigos que não acreditam, e riem de nós quando dizemos que vamos à missa. Um mundo de prazeres, noitadas, muita cerveja e muita diversão.

Que mais nos afasta de Deus? Bem, vejamos algumas das coisas principais:

A revolta contra o mal do mundo: Eis alguns exemplos: 

a-   Com o assassinato do filho aquela  senhora perdeu a fé, se revoltou e não foi mais à igreja;                    

b-   A filha morreu num acidente, o pai ficou revoltado com Deus, não rezou mais, não foi mais à missa; 

c-   Com a morte do cachorrinho, a criança de 8 anos disse: Papai do céu é mau, e ficou até a adolescência sem rezar;                     

d-   A garota perdeu o namorado, ficou desanimada da vida e indiferente com relação à religião;

e-   O cara perdeu o emprego, desistiu do grupo de jovens;

F - Aquele senhor teve o carro roubado, e num momento de revolta, disse. Se houvesse Deus, estas coisas não aconteceriam.

 Aí Jesus vai dizer: Homens de pouca fé...  Porque, na verdade se essas pessoas tivessem uma fé solida, não teriam se revoltado contra o Criador, nos momentos de desespero, de aflição, causados pelas desventuras da vida.

Os bens materiais, a riqueza e todo o conforto que ela pode nos proporcionar, é a principal causa do nosso afastamento de Deus.

  Chuvinha fria, o cara no seu estúdio vendo um filme, a mãe chama porque está na hora da missa... Ele não vai sair naquele mau tempo com chuva de vento, se pode ficar no aconchego do seu quarto que é a sua rica toca, onde ele tem de tudo que se pode imaginar em termos de tecnologia, para passar o seu tempo livre da melhor maneira possível. Poderia pensar em ir à missa elo menos para agradecer a Deus por tudo que tem como disse a sua querida mãe, mas... Ela teve de ir mais uma vez sozinha à missa.  Cuidado! A riqueza pode nos dar a impressão de que não precisamos mais de Deus!

Prezados irmãos. Podemos dividir a nossa vida em três fases: 

Infância – Nesta fase somos dependentes, e por isso, obedientes, acatamos nossos pais, acreditamos e aceitamos Deus. Atenção, catequistas. É nessa idade que devemos semear a palavra de Deus. Pois nesta faixa etária, somos terra boa, muito embora na fase seguinte, possamos nos transformar em solo pedregoso ou mesmo o chão duro da beira do caminho.

Fase adulta - Depois da puberdade, nós ficamos rebeldes, rejeitamos a proteção dos pais, e, dependendo da má influência dos amigos, podemos  questionar ou ignorar a existência de  Deus. Podemos conseguir um bom emprego, nos casamos com a pessoa amada, ou vivemos pulando de galho em galho, desfrutando os prazeres do corpo que nos foi dado por Deus, mais nos esquecemos disso, e nem nos importamos, como fizeram os nove leprosos, em agradecer a Deus. É a fase de nossa vida em que podemos nos perder, igual ao que aconteceu com o filho pródigo. Buscamos às vezes o prazer com a pessoa errada, na hora errada, e do modo errado.    

A pessoa certa é aquela ou aquele designado ou escolhido por Deus, é a pessoa que acontece na nossa vida,com a qual nos casamos porque que nós amamos feitos Romeu e Julieta. E qualquer pessoa fora dessa, é a pessoa errada.

A hora certa do prazer entre essas duas pessoas, pode ser qualquer hora, pois foram feitas uma para a outra.

O modo certo,  é aquele ditado ou estipulado pela natureza, o qual diz que deve ser entre sexos opostos, com membros e órgãos próprios,  e que não sejam irmãos de sangue. Pois já aconteceu aqui mesmo no Brasil, famílias ricas que, não querendo partilhar a riqueza com estranhos, se acasalaram entre si, ou entre irmãos. O resultado, foi o castigo da mãe natureza. Os filhos nasceram monstros.

Fase da velhice – Chegou a hora de voltar para Deus, para nos redimir de tudo que fizemos quando adultos, quando estávamos com toda aquela força física, julgávamos não precisar de Deus, e aprontamos todas.  Na velhice ou terceira idade, é a hora que temos pressa de nos reconciliar com Deus, pois nossa hora pode ser a qualquer hora. Que pena que na fase adulta não pensávamos assim. Teríamos dado muitos mais frutos para o Reino de Deus, porque tínhamos vigor ou juventude para dar e vender.

 Felizes daqueles que conseguem se preservar fiéis a Deus na fase adulta.

 

QUANDO SE TEM 50 ANOS

 

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral de alguma coisa. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:

"As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".

 

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa. Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

Autor desconhecido

 

Sal

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